Elizandra Regina de Cândido teve que se reinventar devido aos acontecimentos de 2020 e agora seu telefone não para de tocar. “Não é apenas ganhar dinheiro, é ajudar outras mulheres”, ela explicou sobre seu esforço incomum.
Para Elizandra Regina de Cândido, artesã de 47 anos de São Paulo, os eventos que ocorreram em 2020 vieram para mudar sua vida.
Segundo informações do G1, Elizandra teve que se reinventar. Foi assim que ela pegou um carro que tinha na garagem, que usava apenas para a família, e começou a trabalhar como motorista.
No entanto, ela queria dar um passo adiante. Em vez de ingressar nas fileiras da Uber, Cabify ou Didi, a mulher queria que seu empreendimento de transporte tivesse um cunho próprio: passou a levar apenas mulheres que tinham medo de conseguir motorista por causa dos aplicativos típicos.
“Eu trabalho muito com senhoras e mulheres. Levo-as ao médico, às escolas dos filhos, ou até às meninas que vão às discotecas”, explicou a mulher.
Além disso, há alguns dias ela se tornou viral após publicar seus serviços nas redes sociais. No posto, ela oferecia serviços de transporte inusitados, como levar mulheres para seus namorados ou até mesmo transportar esposas que querem se separar de seus maridos e sair de casa com malas.
“Você suspeita do seu crush? Nós o seguimos. Você precisa ir às compras? Eu te levo e te pego (…) Você não pode pagar um psicólogo? Sou toda ouvidos para desabafar”, escreveu a mulher em seu Facebook.
Essa lista de transportes inusitados viralizou e, como explicou Elizandra, muitas mulheres começaram a chamá-la para ser transportada. “Estou prestes a comprar outro carro e me associar com minha irmã (…) tenho que deixar meu telefone no modo ‘não perturbe’, porque estou dirigindo e recebo ligações”, acrescentou.
Apesar de muitos usuários acharem a lista uma piada, Elizandra garantiu que realizou vários dos serviços que escreveu.
“Não sou detetive particular, mas faço o que as pessoas pedem. Eu sou motorista, levo as mulheres para onde elas querem ir. A única exceção é que não atendo homens”, enfatizou.
Tem até gente que a chama para desabafar. “Tem gente que não vai a lugar nenhum, só me chama para passear e conversar”, acrescentou Elizandra.
Ela disse que mais do que ganhar dinheiro e criar um novo negócio, passou a ser uma impulsionadora para se reinventar “como ser humano”. Além disso, ela sentiu que era capaz de colocar seus problemas de lado. “Não é só ganhar dinheiro, é ajudar outras mulheres”, encerrou. via:mundosorprendente